Roteiro Histórico da Prainha
Paula Barreto
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Composta pelo Convento da Penha, Gruta Frei Pedro Palácios, Forte São
Francisco Xavier, Igreja Nossa Senhora do Rosário, Museu Homero Massena e Museu
Etnográfico, mais conhecido como Casa da Memória. A enseada histórica da
Prainha foi o local onde aportou o primeiro donatário do Espírito Santo, Vasco
Fernandes Coutinho. É o local onde começou a colonização do Espírito Santo. A
Prainha recebeu esse nome por questão de gosto popular, já que Vila Velha é
privilegiada por praias de grande extensão, o povo, carinhosamente, sempre se
referiu à pequena praia da enseada como a Prainha.
Ônibus: - Sanremo: .Prainha – n º 604
- Transcol: . Itapoã/ Terminal Vila Velha – n º 615
CONVENTO DA PENHA: É considerado o principal monumento religioso do
Estado e símbolo de devoção a Nossa Senhora da Penha. Oito dias após a Páscoa,
fiéis de todo o país se dirigem ao Convento em homenagem a Santa. A origem do
culto à Nossa Senhora da Penha teve início em 1558, quando o Frei Francisco
Pedro Palácio, vindo de Portugal, chegou em Vila Velha trazendo um painel da
Santa. Segundo a versão popular, o quadro teria sumido da Gruta onde o Frei
morava e assim indicou o lugar onde deveria ser construído, no alto de um morro
de 154 metros. A edificação da “ermida das palmeiras” foi erguida por volta de
1560. A pequena capela construída pelo frei Pedro Palácios teve a sua primeira
modificação em 1651, a pedido do filho do donatário Vasco Coutinho e outros
principais da Vila que queriam construir um Convento no Espírito Santo,
resultando em uma das mais belas construções do Brasil Colonial. Desde de
então, o convento já passou por inúmeras reformas. A imagem da Penha,
“Padroeira do Espírito Santo”, que chegou em 1570 encomendada pelo Frei, a
imagem de São Francisco e o painel de Nossa Senhora dos Prazeres, trazido por
Pedro Palácios, é uma pintura a óleo de autor desconhecido tida como a mais
antiga existente no Brasil, estão expostos no Convento. Com objetivo de
possibilitar a todos os fiéis a apreciação deste acervo, foi criado o Museu do
Convento de Nossa Senhora da Penha, que possui como objetos vestimentas e
demais artefatos utilizados pelos primeiros frades.
Localização: Parque da Prainha – Tel.: 329-8251
Horário de visitação: Todos os dias de 5:30 às 17 hs.
. Missas: 2º à 6º 06hs, 07hs, 08hs, 9:30hs, 15hs
Sábado 06hs, 07hs, 08hs, 9:30hs, 15:30hs
Domingo 05hs, 06:30hs, 08hs, 10hs, 12hs, 14hs, 16hs
. Confissões: 08 às 11hs e 14 às 16:30hs
. Lanchonete e Bazar: Todos os dias 07:30 às 11:45 e 13:45 às 16:45
. Secretaria do Convento e Associação dos Amigos do Convento: Todos os dias
07:30 às 11:45 e 13:45 às 16:45
Mais informações pelo telefone 3329-0420 ou www.conventodapenha.org.br
LADEIRA DAS SETE VOLTAS: A antiga ladeira que dá acesso ao Convento
originou-se do caminho feito por índios, escravos, primeiros moradores e
devotos que trabalhavam na construção da primitiva capela, inaugurada em 1570.
Desde de então, essa trilha ficou conhecida como “caminho das sete voltas” ou
da Penitência, devido ao seu declive acentuado e ao calçamento disforme. As
sete voltas representam as “sete alegrias de Nossa Senhora”, devoção pregada
pela Ordem Franciscana: - Anunciação pelo Anjo Gabriel;
- Visita de sua prima Isabel;
- Nascimento de Jesus Cristo;
- Recebimento do Espírito Santo por Jesus Cristo;
- Apresentação de Jesus no Templo;
- A ressurreição de Jesus;
- Sua ascensão aos seus como rainha;
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO: É a mais antiga do estado, sendo o
início de sua construção em 1535, logo após a chegada do donatário, sob a forma
de capela. Com a ajuda do jesuíta Afonso Brás e o irmão leigo Simão Gonçalves,
recebeu naquela época o acréscimo de uma nave maior e o nome de Igreja Santa
Catarina, sendo depois denominada de Igreja do Rosário. A praça da frente tem
palmeiras imperiais e obeliscos em homenagem à Vasco Fernandes Coutinho e a
Nossa Senhora dos Prazeres. A Igreja do Rosário é um bem tombado pelo “IPHAN”
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), deu-se em 20 de março
de 1950.
Localização: R. Almirante Tamandaré, s/n º - Parque da Prainha – Tel.: 229-3715
/ Rosângela
GRUTA FREI PEDRO PALÁCIO: Trata-se de um vão formado pela natureza
embaixo de uma grande pedra situada no sopé da montanha. Possui aproximadamente
1 metro de altura em declive a partir da entrada e 3 metros de extensão com
perfeita visibilidade interior. Segundo alguns historiadores, foi residência do
Frei Pedro Palácio por mais de 6 anos. Nela dormia o Frei tendo como
travesseiro uma pedra e nada mais, pois fazia parte da ordem viver na mais dura
pobreza. Do mesmo lado e adiante da gruta, está o nicho onde, segundo
historiadores, o frei Pedro colocava o quadro de Nossa Senhora que trouxera de
Portugal, e diante do qual orava como povo.
Localização: Alameda Frei Pedro Palácio, s/n º - Parque da Prainha
Horário de visitação: Área resguardada pelo Exército, aberta para visitação
FORTE DE SÃO FRANCISCO DE XAVIER: Anteriormente denominado Fortaleza de
São Francisco de Piratininga, ou simplesmente Piratininga e também da Barra, se
localiza na base do Morro da Penha, e no sul da barra de Vitória. Vasco
Fernandes Coutinho teria construído uma pequena fortificação em 1535. Sua
ampliação teve início no ano de 1700 e em 1703 o forte se encontrava bastante
adiantado. No entanto, em 1705 sofreu investidas inglesas e holandesas. O Conde
Sabugosa mandou reedificar o Forte em 1726, marco do início da colonização,
dando-lhe forma circular e aparelhando-o com 15 peças de canhoneiras. Em 1862,
foi cedido à Marinha e passou a servir como armazém, e logo após como a 1ª
Escola de Aprendizes de Marinheiros, extinta em 1866. Aproveitando-se as
amuradas, fizeram-se ampliações nas instalações, reinaugurando-se a Escola em
1909. Todavia, essa fase foi de pouca duração pois, já em 1913, a Escola foi
mais uma vez extinta. Em conseqüência do seu fechamento, a antiga Fortaleza
entrou em declínio pelo desuso. Abrigando, então, em 1919, o 3º Batalhão de
Caçadores, hoje o 38º Batalhão de Infantaria. Como lembrança da passagem da
Escola de Aprendizes- Marinheiros do Espírito Santo pela Fortaleza de
Piratininga, ali está, num dos edifícios internos, uma escada cuja balaustrada
é composta de âncoras. O Forte São Francisco Xavier é considerado um marco da
presença do Exército no Estado, que teve o seu destaque na proteção do ouro das
Minas Gerais no século XVII e XVIII.
Localização: Parque da Prainha, dependências do 38º Batalhão de Infantaria
Horário de visitação: de Segunda-feira à Sexta-feira de 8 às 17 horas - Marcar
visitas antecipadamente na seção de Relações Públicas pelo telefone 329-0707,
ramal 29 ou 329-9158
MUSEU E ATELIER HOMERO MASSENA: Transformada em museu, a casa onde o
artista plástico Homero Massena passou os últimos 20 anos da sua vida. O
artista foi um dos mais ilustres do Estado, ganhou prêmios como fundador da
Escola de Belas Artes do Espírito Santo, sétima do Brasil, que se transformou
no Centro de Artes da UFES, premiado com 28 medalhas, além de diplomas e
outros. O interior da casa procura reconstituir o ambiente do artista, além de
objetos pessoais existentes pela casa e no cômodo onde era a oficina de Homero
Massena, assim como cerca de 20 quadros deixados pelo pintor. A instalação do
museu data de 1986 e recentemente foi transformado no primeiro Museu de Artes
Plásticas do Espírito Santo.
Localização: Rua Antônio Ferreira Queiroz, 281 - Parque da Prainha – Tel.:
329-0955
Horário de visitação: de Segunda-feira à Sexta-feira 8 às 18 horas e nos finais
de semana das 10 às 17 horas.
CASA DA MEMÓRIA: Imóvel tombado pelo Governo do Estado com mais de 100
anos de fundação, situado ao lado do museu Homero Massena. O termo etnográfico
veio em função da desapropriação e levou esse nome, mais tarde popularizado
para Casa da Memória, sem prejuízo da atenção para com a etnografia da
composição do povo, especialmente o Canela Verde, que é uma mistura de três
raças: Européias, Indígena e Negra( Etnografia é o estudo dos grupos étnicos,
tais como nações, tribos, sob o aspecto psicocultural). Com manifestações e
eventos importantes, o Museu promove exposição sobre o Convento da Penha,
cerimônia comemorativa do termino 2ª Guerra Mundial, exposição permanente,
fotos e objetos sobre o sítio histórico da Prainha e adjacências; um grande
acervo que remonta a cultura local, resgatando a história e memória do
município e do Estado. É a mais recente instituição criada com a finalidade de
incentivar o estudo da história e do desenvolvimento cultural de Vila Velha sob
todos os aspectos.
Localização: Rua Luciano das Neves com Avenida Beira-mar - Parque da Prainha –
Tel.: 3389-0320
Horário de visitação: de Segunda-feira à sábado de 9 às 17 hs
PEDRA DE INHOÁ: Inhoá é uma palavra de origem tupi que significa
centopéia. Pode servir como mirante natural, pois possui uma belíssima vista da
baía de Vitória, além do Convento da Penha e outras belezas naturais do
município.
Localização: Rua Castro Ailson Simões - Prainha
GALERIA DE ARTE KLÉBER GALVÊAS: galeria de propriedade do renomado
Kleber Galveas que expõe suas obras, telas, móveis de fabricação própria e
outros trabalhos do mesmo, além dos trabalhos de outros artistas.
Localização: Rua Luciano das Neves, 389 - Prainha - tel.: 3244-7248 / 3244-7115
Horário de Visitação: Segunda-feira à Sábado de 8 às 18 horas
Fonte: Prefeitura Municipal de Vila Velha |