Mais de três mil jovens participaram das comemorações do Dia Nacional da Juventude organizado, aqui no Espírito Santo, pela Arquidiocese de Vitória. Moças e rapazes se concentraram na Prainha, em Vila Velha, onde participaram de uma romaria e de uma missa celebrada pelo Arcebispo de Vitória, Dom Luiz Macilha Vilela, além de diversas outras atividades, como teatro e capoeira.

Com o tema ´Juventude em Marcha contra o extermínio e na luta pela vida´, o encontro buscou, antes de qualquer outro objetivo, levar o jovem a refletir sobre o papel dele na sociedade e de que maneira ele pode lutar contras as arbitrariedades a que são submetidos, como a violência, por exemplo.

"Temos de refletir sobre a questão da violência contra o jovem. Nesse sentido, queremos refletir também sobre o papel dessa juventude enquanto promotora da paz. Hoje vivemos numa sociedade em que a diversidade é a marca da juventude. O jovem, então, quer ser respeitado pelo seu jeito de ser", frisou um dos integrantes da Pastoral da Juventude da Arquidiocese, Robson Malacarne.
Robson ainda pontua que a família, assim como a Igreja, independentemente da religião, têm papel fundamental na construção dos valores morais e éticos do futuro adulto. Mesmo assim, acredita, esse jovem está propenso a experimentar outros caminhos na vida.

"Dizemos que a família está desestruturada, mas ela é a primeira referência deles. A juventude tem sede de espiritualidade e vai experimentando vários caminhos. Assim temos uma proposta, que é seguir Jesus. Temos que mostrar que na Igreja, com o projeto de Jesus, esse jovem não vai se fechar e sim participar de um grupo para promover à vida".

Jovens reunidos no Convento da PenhaNo decorrer da celebração em homenagem ao Dia Nacional da Juventude, membros dos Direitos Humanos que estiveram presentes no Convento da Penha também fizeram críticas à sociedade elitista do Espírito Santo. Segundo o presidente estadual da entidade, Bruno Souza, é a exclusão dos jovens que, muitas vezes, determina o futuro sombrio e sem perspectivas deles.

"Infelizmente, pela modo de sociedade em que vivemos, que tem por natureza a desigualdade, é que acontece a exclusão. Ou seja, isso acontece por causa de uma parcela mínima dessa sociedade. Precisamos virar protagonistas da mudança se quisermos uma sociedade diferente. Mas é importante que a própria juventude se conscientize de seu papel".

Com 21 anos, a estudante Alana Pereira saiu satisfeita do encontro e declarou que a busca por Deus deve ser maior do que as ofertas materiais do mundo. "Eu acho que a juventude está buscando a Deus novamente. O mundo oferece várias coisas que muitos não querem, então essa busca acontece".

O Dia Nacional da Juventude começou com uma romaria que saiu da Prainha e terminou no campinho do Convento da Penha. Após a caminhada, os fiéis participaram de uma celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo Dom Luiz Mancilha. Ao término da missa, houve apresentação de teatro, capoeira, sorteio de brindes e a tarde ainda foi animada pelo som da banda Forró Comichão.

Fonte: GazetaOnline