Vila Velha é o berço da colonização do solo espírito-santense, por isso, além das belas praias, guarda uma rica história, que pode ser conhecida através de seus monumentos. Difícil é o turista atravessar a Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha, e vice-versa, e não se encantar com a vista lá de cima (pena que não há lugar para parar e apreciar calmamente a paisagem, o jeito é conduzir o carro devagarinho). Até mesmo os capixabas gostam de olhar o cenário, que inclui a Baía de Vitória, o Convento da Penha e o Morro do Moreno.
Aliás, o Convento da Penha é parada obrigatória para quem vai à cidade. Subir até onde está o principal monumento religioso do Espírito Santo, símbolo de devoção a Nossa Senhora da Penha, padroeira do Estado, é um momento único (dá para ir de carro, mas bom mesmo é fazer o trajeto a pé). O passeio fica melhor ainda se for no horário da missa (são várias ao dia).
Lá em cima, os visitantes entram em contato com a história do santuário, que começou em 1558, com a chegada do Frei Pedro Palácios, que trouxe na bagagem um painel de Nossa Senhora das Alegrias.
Segundo pesquisadores, o painel teria sumido da gruta onde o frei morava e reaparecido no topo do Morro da Penha, indicando, assim, o lugar onde deveria ser construído o templo, cuja pedra fundamental foi lançada em 1661, mas que acabou sofrendo modificações ao longo do tempo, tranformando-se no que é hoje.
Além dessa bela história, lá em cima o visitante tem uma grata surpresa, principalmente em dias claros, já que a vista que se descortina é simplesmente magnífica. Dá para ver boa parte da Grande Vitória, por isso, prepare a máquina fotográfica. Destaque para o conjunto arquitetônico do 38° Batalhão de Infantaria, lá embaixo.
Além do Convento da Penha, vale a pena visitar o Farol de Santa Luzia, de 1870, construído em chapas de ferro fabricadas na Escócia, cuja iluminação inicial era a querosene. O monumento possui 17 metros de altura e alcance de 32 milhas marítimas e até hoje serve à navegação marítima.
Não deixe de conhecer, também, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga edificação religiosa do Espírito Santo, cuja construção foi iniciada em 1535. Representativa do período barroco, demonstra a singeleza das primeiras edificações em solo brasileiro.
Outra visita imperdível é o Museu Vale do Rio Doce - Museu Ferroviário. A antiga Estação Pedro Nolasco, às margens da Baía de Vitória, é de 1927. Hoje, museu, abriga cerca de 160 peças, desde equipamentos antigos, usados para a construção da ferrovia, até pertences de antigos funcionários. Além da maior maquete ferroviária do Brasil, uma réplica da década de 40. Não saia de lá, sem antes parar no Museu do Café, dentro de um legítimo vagão, onde dá para degustar pratos da cozinha internacional, enquanto se curte a paisagem.
Fonte: Jornal AGazeta
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 27/01/2010 às: 06:20