VilaCapixaba - Vila Velha - Artigos

www.VilaCapixaba.com                                   

 Home  / Eventos Contato Ajuda ?  /  Sugestões

, Espírito Santo -  Brasil.
 .

 

 VilaCapixaba

Sem título

 

Busca Notícias

 


Melhor Visualizado
15"  -  800 x 600 Pixels
17" - 1024 x 768 Pixels


E-Mail Vila Capixaba

Aviso Legal
Direitos Autorais

Fontes Bibliográficas
Política de Privacidade

Utilidade Publica

   
   

Voltar

Enviar Notícia

Imprimir

Tamanho Letra

A-

A+

 

Notícias
Obras sem sinalização viram armadilha para motoristas
 


A atenção e o cuidado redobrados parecem não ser mais suficientes para garantir segurança aos motoristas. Na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, as obras de recuperação estão exigindo paciência, habilidade e até mesmo um pouco de adivinhação para que os transtornos não se transformem em verdadeiras armadilhas.

Na manhã de ontem, o carro do médico especialista em dependência química João Chequer caiu em um buraco na avenida, próximo ao Posto Texaco ? no sentido Vila Velha-Vitória ?, depois de ter sido fechado por um ônibus. O acidente aconteceu por volta de 7 horas e, de acordo com o médico, o buraco, de cerca de três metros, não tinha sinalização e estava protegido apenas por uma rede de plástico e dois vergalhões.

O motorista sofreu ferimentos leves na perna e no tórax e passa bem. O veículo teve a parte dianteira amassada, mas os danos ainda não foram calculados. De acordo com Chequer, o local estava mal sinalizado e, por isso, não foi possível desviar do buraco a tempo. "Quando percebi, o ônibus estava me fechando e eu tive que jogar o carro para a direita", disse.

A má sinalização, porém, não é uma exclusividade do trecho onde João Chequer se acidentou. Em outros pontos da avenida, faltam placas e redes de proteção. Os buracos chegam a avançar para uma das duas únicas faixas, que hoje estão liberadas para o fluxo de veículos, no sentido Vila Velha-Vitória. E, em outros trechos, as redes de proteção estão rasgadas ou quase não podem ser vistas.

Próximo à Polícia Rodoviária Estadual (PRE), pelo menos, três buracos contam apenas com uma rede de proteção, que é pouco visível para os motoristas. De acordo com o montador de automóveis, Geci Cancian, até mesmo os pedestres se sentem ameaçados com a situação. "Os motoristas que não vêem o buraco, tentam desviar, jogando o carro para cima da gente", diz.

Na entrada do bairro Alvorada, outro trecho sem sinalização traz mais riscos. Os carros que saem da Lindenberg para o bairro, têm que fazer a curva muito perto do buraco. Jogadas no chão, as placas de sinalização indicam que os veículos passam por cima dela para não cair.

Prefeitura se isenta de responsabilidade

O secretário de Obras de Vila Velha, Oswaldo Miziara, informou que a responsabilidade pelo acidente, ocorrido na manhã de ontem, não é da prefeitura. "A Avenida Carlos Lindenberg possui sinalização adequada para impedir que situações como essas aconteçam. Todos os trechos possuem placas e redes de proteção que chamam a atenção dos motoristas à distância", diz.

No entanto, na manhã de ontem, a reportagem de A GAZETA constatou que a sinalização é precária, e que muitos buracos sequer podem ser vistos à distância. De acordo com o frentista Gustavo Ferreira, que trabalha próximo ao local onde o acidente ocorreu, algumas placas foram colocadas após acidente.

"As placas estavam todas jogadas no chão. Depois, os funcionários levantaram tudo. Nunca tem placa de pé aqui. Eu mesmo já vi outros acidentes acontecerem nesse mesmo buraco. Há 40 dias foi com uma moto, e, na semana passada, com dois caminhões", disse.

João Chequer informou que pretende encaminhar a ocorrência do acidente à Prefeitura de Vila Velha para que os custos com a recuperação do automóvel sejam divididos. O secretário de Obras informou que, mesmo não sendo culpada pelo acidente, a empresa responsável pela obra se disponibilizou a pagar parte dos custos, e que ela não está autorizada a se pronunciar sobre o acidente.

Faltam placas e sobram prejuízos

Perto da Avenida Carlos Lindenberg, outro buraco sem sinalização está tirando o sossego dos moradores de Alecrim. Por causa das obras de macrodrenagem, um buraco, de cerca de cinco metros de comprimento, foi aberto, há cerca de 90 dias, na rua principal do bairro, a Ana Siqueira.

Até hoje, só uma placa foi colocada no local, sinalizando o perigo apenas para os motoristas que seguem em um dos seis sentidos possíveis. O comerciante Janderson Piveta, que trabalha próximo ao local, explica a confusão que é a travessia de carros e pedestres. "Ninguém se entende. Quando você acha que um caminhão está indo para um lado, ele entra em outro. Não tem nada para ajudar a localizar as pessoas", diz.

O comerciante Hélio de Souza que também atua no bairro conta que já presenciou vários acidentes. "Hoje mesmo (ontem), um caminhão bateu no poste porque não conseguiu fazer a curva. Ficamos com medo de o poste cair sobre as casas, mas, felizmente, não aconteceu nada pior. Também já teve atropelamento e até batida com dois carros", diz.

Na semana passada, moradores chegaram a fazer um protesto, em frente ao buraco, exigindo o término urgente das obras. A prefeitura garantiu que as obras estão em fase de finalização e que devem ser concluídas em até dois meses.

Perigo na pista e na calçada

As obras realizadas na Grande Vitória tornaram-se verdadeiras armadilhas para motoristas e pedestres. Além de Vila Velha, outros locais como a Avenida Expedito Garcia, em Campo Grande, Cariacica, e as Avenidas Dante Michellini e Fernando Ferrari, em Vitória, são alvos de reclamações.

As obras da Calçada Viva, em Cariacica, fazem pedestres e motoristas disputarem espaço nas ruas. As calçadas, dos dois lados da via, estão em reforma. A precária sinalização também não ajuda a quem precisa atravessar. A reportagem flagrou várias placas de advertência amontoadas em um canto da avenida. A dificuldade foi constatada pela agente de pesquisas, Tatyana Ramirez, 26 anos. "O trânsito já é complicado, com as obras piora e não está bem sinalizado. As placas são muito encostadas na obra".

A Prefeitura de Cariacica diz que, em relação às obras nas calçadas da Avenida Expedito Garcia, há placas de sinalização desde a entrada do bairro indicando que o trecho está em obras. O trabalho nos dois sentidos da via foi a forma adotada para agilizar a obra, mas a administração garante que há espaços reservados para a passagem de pedestre.

Vitória

Já na Avenida Fernando Ferrari, na Capital, o motorista que passa pelo viaduto e segue no sentido Vitória-Serra corre perigo. Segundo um guarda municipal, que preferiu não se identificar, o desvio de gelo baiano em frente à Ufes é muito fechado e deixa a passagem estreita para os motoristas. Além disso, há duas placas de advertência, uma a 50 metros e outra a 100 metros do local, que de acordo com o guarda deveriam estar mais visíveis e próximas ao desvio.

Na Dante Michellini, em Camburi, o problema da sinalização é visível, principalmente, nos pontos de ônibus, que precisam ser constantemente trocados de lugar.

O secretário de Desenvolvimento da Cidade, Kleber Frizzera, garantiu que as obras são bem sinalizadas. "Toda sinalização de obra é provisória. Quando um trecho é concluído, ela muda. Na Fernando Ferrari, por exemplo, não fiquei sabendo de nenhum acidente por causa da obra. O que ocorre, muitas vezes, é que o motorista não fica atento à sinalização".

Acidentado pode buscar a Justiça

Em casos de acidentes nas vias urbanas, em que a causa seja alguma obra pública, a vítima pode entrar na Justiça contra o responsável, seja prefeitura, Estado ou União. A administração pública deve zelar pela integridade do cidadão. Nesse caso, garantindo uma sinalização que alerte para o perigo do local.

O juiz e professor de direito José Luiz da Costa Altacir, explica que se uma pessoa se acidentar por causa de uma falha na segurança ou sinalização de qualquer intervenção em um espaço público, ela tem o direito de ser reparada por indenização.

"Independente de ser uma empresa particular ou pública, a vítima ? caso consiga provar que a obra foi a causa do acidente ? pode entrar com uma ação civil por perdas e danos contra o responsável".

Porém, em se tratando de uma obra pública, o julgamento muda. O advogado e mestre em direitos e garantias constitucionais, Bruno Albino Ravara, conta que esses casos são mais complexos e demorados.

"Se fosse uma obra de uma construtora qualquer a pessoa, dependendo do estrago, poderia entrar em um juizado especial, onde o julgamento é mais rápido. Mas quando o responsável pelo acontecido é uma pessoa jurídica pública ? como prefeitura, Estado ou governo federal ? o processo tem que ser na justiça comum, o que demanda muito mais tempo para ser julgado".

Fonte: Jornal AGazeta

Enviado Por: Eliaro
Publicado em 21/08/2008 às: 19:05
 

Voltar

Enviar Notícia

Imprimir

Tamanho Letra

A-

A+

 

 
Leia também

Vila Velha - Retirada do mastro na Barra do Jucu
Copa Vitória de Beach Handebol de Areia 2010
Estado terá R$ 6,5 bi para portos, e Vila Velha receberá mais cargas
Vá com fé em Vila Velha
Vila Velha - De capela mortuária a praças: câmara destina R$ 4 milhões para obras
Vila Velha reposiciona comerciantes na Praia da Costa
Praias: Mais ônibus no fim de semana
Vila Velha Verão 2010 segue com programação variada na Praia da Costa
Vila Velha se prepara para crescer pelo lado Oeste
Prorrogadas inscrições para processo seletivo da Educação em Vila Velha

 
           

VilaCapixaba - Vila Velha - Artigos

     Copyright © 2004 - 2010 VilaCapixaba. Todos os Direitos Reservados.