Respeito, atenção e amor. Essas palavras refletem um pouco das necessidades enfrentadas pelas pessoas que alcançam a terceira idade. Necessidades estas, que do portão para dentro da casa onde funciona a Associação dos Idosos de Vila Velha, na Praia da Costa, tentam ser supridas de diversas formas. Os 305 idosos que freqüentam a associação temem perder o espaço conquistado há mais de 30 anos. Isso porque o município de Vila Velha deverá ficar encarregado da assistência e não mais a Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades). A transição está prevista para o próximo ano.
Já preocupada com o que pode acontecer ao local, a aposentada Maria de Lourdes Cunha, 64 anos, faz um apelo. "Pedimos para que a prefeitura nos respeite e nos considere importantes para nos deixar aqui neste espaço e não achar que por sermos idosos não merecemos a competência e a dignidade de permanecermos aqui", desabafou.
Outra reclamação diz respeito ao envio dos mantimentos. Segundo Zilda Castelo Monteiro, 85 anos, que já foi presidente da Associação por muitos anos, os idosos precisam arcar com todas as despesas. "Nós somos idosos e temos que ter uma coisa melhor até o final de nossas vidas, precisamos de um apoio maior", reclamou.
Na sede da Associação, os idosos se reúnem para participar de diversas atividades, como teatro, dança, ioga, trabalhos manuais, entre outras. O forró é o preferido da terceira idade, que lota a pista de dança por mais de duas horas sem parar. Eles mostram que a vida pode ser muito mais divertida, alegre e com ânimo, independente da idade. Espontânea e com um jeito brincalhão Maria Sathier, 73 anos, diz que a associação é muito importante em sua vida. "Eu gosto muito daqui, a gente faz amizades, conversa e se diverte", contou.
A gerente de Proteção Social Básica da Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), Miriam Dantas, disse que não há ainda uma data para que o convênio entre Governo e município seja assinado, e que tudo passa pela aprovação do Conselho Estadual de Assistência Social, mas que a secretaria está fazendo o possível para que a associação permaneça no mesmo espaço. Quanto a queixa sobre o envio de alimentos, a gerente negou que esteja em falta, apenas admitiu que o processo de licitação atrasa a distribuição, que leva de 60 a 90 dias.
Fonte: GazetaOnline
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 04/10/2008 às: 20:24