Os moradores de Vila Velha e as pessoas que transitam pela cidade podem esperar ainda muitos transtornos devido às obras em andamento no município. De acordo com o prefeito Max Filho o contrato para o término das obras da Lindenberg vai até abril de 2009 e dos R$ 10 milhões em investimento a serem feitos pelo Governo do Estado, apenas R$ 2,8 mi foram transferidos.
Quanto aos constantes buracos na via, pesadelo dos motoristas, o prefeito adverte que eles são inevitáveis devido às intervenções subterrâneas. "Enquanto está em execução há transtornos. É uma cirurgia de barriga aberta, não é uma obra de maquiagem", afirma.
Na manhã desta segunda-feira (13) vários carros caíram em um buraco na avenida, que cedeu devido à chuva. De acordo com o prefeito e o secretário de Obras de Vila Velha, Oswaldo Miziara, emergencialmente, o local será coberto com solo-brita para evitar episódios como esse. O trecho deve passar por recapeamento e receber a camada asfáltica que compreende toda a obra. Mas isso somente deve ocorrer quando forem encerradas as obras da Cesan, que trabalha paralelamente na via para evitar que o novo asfalto seja destruído, e também após a finalização da drenagem realizada pela prefeitura.
Do outro lado da avenida, bem próximo ao local do incidente, outro buraco deve ser aberto em breve. Ele será necessário para a construção de uma galeria, que vai desaguar no rio Aribiri, para evitar os alagamentos. O secretário de obras diz que o buraco deve ficar aberto por, no mínimo, um mês.
Em agosto, o carro do médico João Chequer caiu em um buraco na avenida Carlos Lindenberg
Uma constante reclamação de motoristas e pedestres que passam por Vila Velha é a falta de sinalização nos locais das obras. O prefeito Max Filho diz que isso é responsabilidade da empresa contratada para realizar o serviço e que ela já foi notificada. Ele lembra também que os materiais utilizados na sinalização da cidade já foram furtados. A obra na Lindenberg, que pretende disponibilizar três pistas para veículos e uma ciclovia em cerca de 2,6 Km, foi contratada no início de 2008. Por dia, cerca de 40 mil veículos passam pela avenida.
Orla
Além da Lindenberg, a prefeitura realiza obras na orla de Itapoã e de Itaparica. As que foram contratadas em dezembro de 2007, devem ser finalizadas em dezembro deste ano. O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) chegou a embargar um trecho da obra devido à proximidade dos serviços à faixa de areia das praias. Max Filho explicou que o embargo foi retirado após readequação do projeto. "Estamos cumprindo uma lei da Câmara que impede o prefeito de retirar os quiosques", explica.
O calçadão, que seria em zigue-zague chegando até os quiosques, foi modificado. Já os quiosques continuam um entrave entre a prefeitura e a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU), que impede a demolição dos atuais quiosques e a conseqüente substituição. Mais de 90 quiosques já foram removidos. Outros 57 continuam na orla e devem permanecer intocados. A previsão é de que até o fim do ano sejam entregues o calçadão e a ciclovia.
Centro
O asfalto na avenida Champagnat, uma das principais da cidade, apresenta desnível
Já as obras no Centro de Vila Velha começaram em abril e devem ter parte finalizada até dezembro deste ano. Os trechos que compreendem a Praia da Costa, no entanto ficarão para a administração seguinte.
O serviço, orçado em R$ 10 milhões, é para aterramento da fiação elétrica nas avenidas Jerônimo Monteiro e Champagnat, uma medida paisagística que, segundo o prefeito de Vila Velha, faz parte do projeto de revitalização da região. Enquanto isso, os buracos são constantes na Champagnat, assim como o desnível do asfalto da pista."Vamos trabalhar até o final deste ano para que essas obras sejam entregues à população concluídas. Nós não vamos seguir opinião de palpiteiros, vamos seguir a opinião de quem é responsável técnico por essas obras para que elas tenham qualidade", afirma Max Filho.
Fim de mandato
Quanto à realização de obras somente a partir do último ano do segundo mandato, o prefeito alega que na Lindenberg aguardava liberação de verbas estaduais e no Centro, autorização da Escelsa. Já as obras da orla, ainda de acordo com o prefeito, não chegaram a ter o prazo afetado pelo embargo do Iema.