Moradores de Vila Velha devem se preparar. Se chuvas fortes caírem sobre o município, alguns pontos registrarão, inevitavelmente, alagamentos de maior proporção.

O próprio coordenador das obras de macrodrenagem do município, Roberto Médici, que atua como assessor técnico da Secretaria de Obras da prefeitura, aponta os locais que despertam maior preocupação, a maioria onde são realizadas obras de macrodrenagem.

Esses pontos ficam na Rodovia Carlos Lindenberg, próximo ao Carrefour; na Rua Sérgio Cardoso, em Araçás; e em Coqueiral de Itaparica, próximo ao Ginásio Tartarugão. Todos esses locais estão sendo beneficiados com construções de galerias pluviais por empreiteira contratada pela Prefeitura de Vila Velha.

Médici disse, porém, que a área mais crítica fica num trecho do Canal Bigossi, onde a obra de urbanização é de responsabilidade do governo do Estado.

Lama
"Ali há um estrangulamento. Na chuva do último domingo, já houve alagamentos em Ilha dos Aires", disse Médici, garantindo que não só nesse bairro, mas também em Jaburuna, a prefeitura promoveu a limpeza da rede de drenagem e da pavimentação, que ficou coberta de lama.

Ele afirmou que se não fossem as obras de macrodrenagem já executadas, os estragos da chuva em Vila Velha seriam grandes. Segundo Roberto Médici, das 12 bacias existentes ao norte do Rio Jucu, seis estão sendo alvo das obras. O restante terá que ser executado pela próxima administração.

A chuva forte da noite de domingo inundou ruas, casas e estabelecimentos comerciais, e acumulou lama em vários pontos de Vila Velha.

Ontem, na Rodovia Carlos Lindenberg, havia muita lama. A água da chuva de domingo também invadiu casas e lojas de Jardim Guaranhuns e de Araçás.

Macrodrenagem
R$ 42 milhões
As obras de macrodrenagem em Vila Velha estão orçadas em R$ 42 milhões. Desse total, R$ 21 milhões já foram executados. Segundo a prefeitura, dos R$ 27,6 milhões financiados, só R$ 5,5 milhões foram repassados pela Caixa.

Morador pode entrar na Justiça
O morador que teve prejuízo por causa dos alagamentos causados pela chuva do último domingo pode acionar a prefeitura na Justiça. O advogado Nerlito Sampaio Neves Júnior, especialista em Direito Público, diz que - independentemente do volume de chuva registrado? é dever da municipalidade garantir um serviço de escoamento de qualidade. No caso, bueiros limpos e galerias que comportem a água.

"O morador lesado não só pode entrar na Justiça como deve. É um direito dele. É só contatar um advogado e entrar com uma ação na Vara da Fazenda Pública, para reaver os danos causados. O contribuinte paga a prefeitura para que problemas como esse não ocorram", destaca o advogado.

Já para quem precisar acionar o serviço de limpeza, para atendimento na Capital, o telefone é o 156.

Fonte: Jornal AGazeta