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População de VV que mora ao lado de valões teme novas chuvas
 


O lixo acumulado nos valões próximos ao Rio Marinho, no bairro Cobilândia, em Vila Velha, tem preocupado moradores da região, principalmente devido ao aumento da chuva em todo o Estado, que pode causar alagamentos e grandes transtornos. Sacolas plásticas, garrafas pet, latas, frascos e até partes do que era uma televisão puderam ser encontrados boiando nos valões e impedindo a vazão da água, na tarde desta quarta-feira (19).

A dona-de-casa Mirian Pimentel, 62 anos, está com medo porque sem limpeza, os valões ficam entupidos e transbordam com rapidez quando chove. A moradora teme perder novamente todos os móveis depois de um grande temporal como o que ocorreu há alguns anos.

A dengue é outra preocupação da moradora. A filha dela ficou doente duas vezes e quase morreu depois que contraiu o tipo mais grave da doença, a dengue hemorrágica. "E essa água parada? Dezembro vem a dengue e só Deus para nos livrar, porque ninguém toma providência", lamenta.

Há 30 anos o aposentado Dimas do Nascimento, 69 anos, convive com a mesma situação. Segundo ele, a população não colabora, pelo contrário, sempre lança lixo nas ruas e nos valões. "A prefeitura vem de vez em quando limpar, mas demora. Deveria ter aplicação de multa para esse povo que joga lixo nos valões, porque só assim, sentindo no bolso que eles vão querer saber de conscientização. Uma coisa horrorosa", denuncia.

O valão de Sotelândia é o mais crítico. Em uma das margens há uma montanha de pilhas de sacolas e entulho acumulados, um espaço utilizado pelos moradores do entorno para depositar lixo. No momento em que a reportagem passava pelo local, um morador foi flagrado lançando uma sacola de lixo. Mas segundo ele, nada poderia ser feito, já que todos já se acostumaram a fazer isso. "Isso quem tem que ver são as autoridades, não é a gente. Infelizmente já começou, ninguém toma providência", diz.

O coordenador do Programa de Combate a Incidência de Mosquito de Vila Velha, Renivaldo Vasconcelos, afirmou que a capina dos valões são realizadas a cada 27 dias, mas durante essa semana o trabalho foi suspenso, já que com as chuvas, o nível de água subiu 30 centímetros. No entanto, a coleta de materiais que flutuam ou se acumulam nas margens é feita diariamente nos pontos mais críticos.

Fonte: GazetaOnline

Enviado Por: Eliaro
Publicado em 19/11/2008 às: 21:26
 

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