Assim como Vargem Alta, Baixo Guandu e Iconha, a prefeitura de Vila Velha decretou, no final da tarde desta segunda-feira (24), situação de emergência por 30 dias em função das fortes chuvas que atingem o município. Entre os motivos listados no decreto divulgado pela prefeitura estão a ocorrência de enchentes, alagamentos, erosão do calçamento de vias públicas; destruição de imóveis e desabrigo de famílias.
As interdições da Rodovia Carlos Lindenberg também foram citadas no documento, já que com os alagamentos na via, os buracos ficam cobertos de água e são um risco para os motoristas. Nesta segunda os motoristas tiveram que redobrar a atenção no trecho porque a via estava quase submersa. A prefeitura também deu destaque para a interdição da Unidade de Saúde de Ulisses Guimarães, local onde não houve vazão necessária das águas da bacia do Rio do Congo pela Rodovia do Sol.
A chuva trouxe caos aos bairros do município, como Cobilândia, onde os valões transbordaram e as ruas ficaram intransitáveis. "Está uma calamidade. Na minha casa a água está acima da canela. Não dá para atravessar as ruas, está horrível. O valão transbordou e quem não tiver cuidado cai dentro, porque não tem marcação nenhuma", reclamou a moradora do bairro Lucilene Ramos, 41 anos.
Em Santos Dumont, alguns moradores colocaram carcaças de carros no meio de uma das pistas do bairro para evitar que o tráfego de veículos inundasse mais as casas, só que o local ficou tão alagado que os restos dos carros, como de um fusca, podiam ser vistos de longe boiando. O aposentado Augusto Anholete, 83 anos, ficou a tarde toda agachado retirando folhas e objetos dos bueiros para que a água acumulada da rua escoasse. Triste e cansado, ele lamentou a situação do bairro em que passou a maior parte da vida. "Tudo está muito ruim aqui", disse.
A situação de alagamento foi geral até mesmo em bairros considerados nobres, como Itapoã. O valão localizado próximo a Avenida Jair de Andrade transbordou na manhã desta segunda (24) e o trânsito de veículos nas ruas do bairro praticamente parou. O comerciante Deuclécio Hoffmann, 39 anos, reclamou que nos últimos dias as vendas caíram 80%.
"Toda vez que chove assim ele transborda. Nosso movimento caiu muito devido a inundação. A Jair de Andrade ficou intransitável e ninguém conseguiu passar", contou.
A Rua Milton Caldeira também foi uma das principais ruas do bairro que foram afetadas. "Não pude nem sair de casa e nem dormi porque a rua ficou cheia d´água. Meu carro ficou lá perto da praia porque não teve condição de passar aqui e vim a pé", disse o motorista João Luís Lírio.
Nesta terça-feira(25), o prefeito Max Filho prestará mais esclarecimentos sobre o decreto de emergência do município.
Fonte: GazetaOnline
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 24/11/2008 às: 21:31