Após a redução das chuvas na Grande vitória, a equipe de reportagem da Redação Multimídia da Rede Gazeta foi verificar ´in loco´ como estão as principais vias de Vitória e de Vila Velha. O resultado é uma catástrofe para muitos donos de carros que acabaram caíndo nas armadilhas encobertas pelas enchentes e pelos buracos deixados no asfalto passado o temporal.
O efeito pode ser comparado a de um bombardeio danificando pneus e rodas. O rastro de destruição se estende por quilômetros. Difícil é desviar das 348 crateras, uma média de 16 a cada quilômetro, verificadas nas avenidas Jerônimo Monteiro, Beira-Mar, Maruípe, Paulino Muller, Reta da Penha, Fernando Ferrari, Reta do Aeroporto e Dante Micheline.
Quando somadas as crateras das oito avenidas de Vitória percorridas pelos repórteres com as da Rodovia Carlos Lindenberg, em vila Velha, o número de buracos sobe de 348 para 646. Na Lindenberg é praticamente impossível desviar de um buraco e não cair em outro. Por lá são 298 crateras no trecho em que a água já desceu. Nos trechos alagados não é possível ainda contar.
Na capital capixaba, um dos trechos mais problemáticos começa nas imediações do Boulevard da Praia, na Avenida Nossa Senhora da Penha, passa pela Avenida Fernando Ferrari e chega até a Reta do Aeroporto. Durante o percurso de nove quilômetros, foram contabilizadas uma média de 12 buracos a cada quilômetro, totalizando 115 nos dois sentidos das vias.
Outra avenida comprometida é a Avenida Dante Michelini, na Orla de Camburi. O trecho do Hotel Porto do Sol até a Ponte da Passagem tem cerca de 30 buracos nos dois sentidos. O número era maior, mas os funcionários da prefeitura estão constantemente fazendo operações tapa-buracos e recapeamento da via.
A presença de água torna difícil a manutenção das vias, pois prejudica a aderência de uma nova camada asfáltica. Com isso, carros e motoristas sofrem. O trânsito torna-se ainda mais lento, já que os condutores precisam ter cuidado para não danificar os veículos, com o asfalto vulnerável e repleto de buracos.
O veículo da assessora Claudiana Siqueira, 52 anos, foi vítima dos buracos da capital. Nesta sexta-feira (26) a assessora precisou parar em uma borracharia para fazer reparos no pneus. "O pneu deve estar com algum furo porque a gente passa por todos esses buracos, assim não dá. Também está muito difícil transitar pela cidade. A situação está caótica. Além dos buracos, o trânsito está apertado, não anda", disse revoltada.
Destreza
Quando a chuva passou é que se teve a exata noção do problema nas ruas da Capital. Percorrendo quase nove quilômetros pelas avenidas Beira-Mar, Jerônimo Monteiro, Maruípe e Paulino Muller, foi possível constatar 203 buracos nas pistas. Nessa hora a destreza ao volante tem que se aliar à sorte de achar um espaço menos esburacado para passar com o veículo.
O trecho em pior condição, nesse trajeto, é o que compreende o Terminal Dom Bosco e a Prefeitura de Vitória, na Avenida Beira-Mar. As pistas da direita, majoritariamente usadas por ônibus e carros pesados, são as mais prejudicadas. Verdadeiras crateras se formaram com as constantes chuvas.
O trecho mais complicado na Avenida Jerônimo Monteiro é entre a Praça Costa Pereira e a Vila Rubim, passando em frente do Palácio Anchieta, no Centro da Capital.
Fonte: GazetaOnline
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 27/11/2008 às: 21:10