O alerta está postado no Blog da ONG SOS Praias Brasil e chama atenção para o perigo que os animais domésticos oferecem à beira-mar
Levar o seu cachorro para a praia pode ser muito mais nocivo do que se imagina e notícias recentes mostram que não se trata apenas de uma questão de saúde pública. A mania que se espalha pelo litoral brasileiro, constitui, antes de tudo, uma tremenda falta de respeito com os freqüentadores das areias, principalmente as crianças.
Atuante em diversas praias do litoral brasileiro, a ONG SOS Praias Brasil publicou em seu Blog um texto enviado por Irineu Nalin, que trata de um assunto importante para aqueles que freqüentam o litoral. Infelizmente, a cena de cachorros passeando nas areias é comum, seja ao lado de seus donos ou abandonados.
Nos últimos meses, publicações referentes ao tema, presentes em grandes veículos, instruíram a população, denunciaram seus efeitos e chamaram a atenção de movimentos civis e ONGs que tratam do assunto.
A Rede Globo veiculou extensa matéria sobre o problema dos cachorros nas praias do Rio de Janeiro. Em Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo, ampla reportagem publicada em "A Gazeta", mostrou que análises efetuadas com a areia indicam sua contaminação com sérios riscos aos seus usuários.
Vale lembrar, nas praias, a decomposição das fezes caninas - além do cheiro desagradável que emana - favorece o desenvolvimento de micoses de pele, parasitas intestinais e da larva migrans, tradicional bicho geográfico. Doenças que atacam principalmente as crianças pequenas.
Os adultos se infectam pelo costume de não andarem calçados, já as crianças sofrem mais. "Em determinadas fases de nossa evolução natural, as crianças tem a mania de colocar tudo na boca, inclusive areia. Ingerir fezes caninas pode ser muito perigoso", ressalta a pedagoga pós-graduada pela USP, Cristiane Tabach.
No litoral norte de São Paulo, isso é uma discussão antiga e o problema parece insolúvel. Na cidade de São Sebastião, na praia de Guaecá, por exemplo, a comunidade financia campanhas com enormes faixas, além de distribuir folhetos informativos e nada melhora.
"Este problema só se resolverá através de ações conjuntas: de educação ambiental e fiscalização, aplicando as multas previstas e apreendendo os animais, alguns perigosos que avançam nas pessoas, outros doentes. Providência que deveria começar já visando à temporada que se aproxima", alerta o texto postado no Blog.
A SOS Praias defende que deveria haver uma pena para cada infração cometida pelo animal, além das multas previstas em Lei. Sempre ressaltando que o infrator - o dono do cachorro - deverá participar de um extenso curso de reeducação e cumprir tarefas semanais de limpeza e higienização de sujeira em locais públicos.
Fonte: RicoSurf
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 28/11/2008 às: 08:41