A falta de condições de trabalho está prejudicando o atendimento à população no Conselho Tutelar de Vila Velha, que atende às regiões I e II, localizado em Jaburuna.
As conselheiras que trabalham no local afirmam que o conselho não conta com um carro para que os funcionários possam se deslocar e realizar os atendimentos. Segundo elas, não há nem celular para que possam atender às ligações de quem precisa de ajuda. Havia um aparelho disponível, mas ele foi recolhido. Antes disso, já havia problema: as conselheiras não tinham como fazer ligações com esse telefone.
"Falam que o conselho não faz nada, não funciona, mas precisamos de condições melhores de trabalho para voltar a ter um plantão e conseguir atender melhor às pessoas", disse uma das funcionárias, que não quis se identificar.
Cotas
"Cansamos de dar ‘jeitinho’ nas coisas. Já fizemos cotas para estofar cadeiras e para consertar o carro, quando havia um disponível. Enviamos vários ofícios para todas as instâncias, mas ninguém faz nada. Dizem que os problemas terão que ficar para a próxima administração. Só que os atendimentos não param", falou outra conselheira.
Outra reclamação diz respeito à segurança, seja para o próprio conselho, que possui apenas um vigilante patrimonial, ou para a realização dos atendimentos. "Sofremos ameaças constantes, mas não temos proteção". A situação estaria tão desgastante que uma conselheira está doente e outra pediu exoneração.
Secretário diz que denúncias não procedem
O secretário de Ação Social de Vila Velha, Neto Barros, diz que as denúncias feitas pelas funcionárias do Conselho Tutelar Região I e II não procedem. "Alguns conselhos optaram por usar um carro da própria prefeitura e outros por utilizarem uma frota terceirizada. Tivemos, realmente, problemas com a manutenção do carro próprio, mas o conselho não está sem assistência", afirmou. Em relação à falta de celulares para o plantão, o secretário disse que a Ouvidoria da prefeitura pode fazer a ponte entre quem precisa e o conselho. "Ela funciona nos fins de semana e tem plantão 24 horas. Os telefones dos conselhos foram solicitados porque com a transição de administração o contrato com a empresa terminou. Mas isso deve ser retomado depois", falou Barros. Ele disse ainda que as conselheiras devem solicitar ajuda à polícia para sua segurança, pois ela é de responsabilidade do Estado.
Fonte: Jornal AGazeta
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 18/12/2008 às: 11:36