A partir de domingo, dia 4 de janeiro, os grandes e pequenos comércios supermercadistas do Espírito Santo deixarão de funcionar aos domingos. Os consumidores que deixam para ir a estes estabelecimentos neste dia terão que mudar os costumes e antecipar as compras. Mesmo com o fechamento aos domingos, previsão não é de queda nas vendas.

A decisão foi anunciada no mês de novembro pela Federação do Comércio (Fecomérco) após um acordo coletivo que contou com a aprovação de 99% dos associados. A medida é uma forma de se precaver da crise financeira mundial que deve afetar o setor em 2009. Além disso, atende a uma antiga reivindicação dos trabalhadores do comércio que há anos luta pelo descanso nos dias de domingo.

De início, a decisão afetaria apenas os supermercados, enquanto que as empresas pequenas e familiares poderiam abrir as portas aos domingos. Entretanto, por fim ficou acordado que os estabelecimentos menores também não devem funcionar, nem mesmo quando houver dispensa de funcionários contratados para o atendimento.

O acordo prevê ainda que haverá expediente nos feriados de todo o ano de 2009. Desta maneira, o comércio alimentício continuará de portas abertas, das 8 às 18 horas, exceto nos dias 1º de janeiro, 1º de maio, 7 de setembro e 25 de dezembro. Com a mudança, alguns estabelecimentos devem estender os horários de funcionamento aos sábados em mais uma hora.

Segundo a Associação Capixaba de Supermercadistas (Acaps), a decisão não deve afetar o setor. Isso porque, segundo dados da associação, os estabelecimentos que deixaram de funcionar aos domingos não apresentaram prejuízos nas vendas. O que aconteceu, porém foi a mudança de comportamento dos consumidores, que antecipam as compras no supermercado.

A multa para quem não cumprir a convenção é pagar um salário para cada funcionário (no valor do salário do mesmo) por cada domingo trabalhado. Desse montante, 70% ficam com o empregado e 30% são destinados ao sindicato. O Espírito Santo possui 2.300 supermercados, que empregam diretamente 40 mil pessoas em todo o Estado, segundo ainda dados da Acaps.

Fonte: ES Hoje