No último dia de seu mandato, o prefeito de Vila Velha, Max Filho (PDT), apontou ontem um "boicote" da Câmara Municipal contra a sua administração. Ele se referiu ao que ocorreu na última sessão, na terça-feira, quando os vereadores decidiram adiar a votação do projeto da prefeitura que pedia uma abertura de crédito no valor de R$ 6,735 milhões.
O crédito extraordinário, uma transferências de recursos já previstos no orçamento da cidade, era destinado a cobrir as despesas decorrentes das enchentes de novembro. Max não descartou a possibilidade de o prefeito eleito, Neucimar Fraga, ter conduzido a manobra que adiou a aprovação do pedido de crédito suplementar.
"A Câmara adiou algumas votações, ele (Neucimar) mandou assessores para não deixar os vereadores votarem, enfim, atrapalhou um pouquinho. Acho que ele ficou desejoso de, logo no início do mandato, dar respostas à cidade. O grande prejudicado não foi o prefeito Max Filho, mas a cidade de Vila Velha", lamentou Max, em entrevista ontem à Rádio CBN.
O crédito havia sido aberto pela prefeitura em 8 de dezembro de 2008, por meio do decreto 184/08, mas precisava de aprovação da Câmara. No mesmo projeto de lei, Max pediu à Câmara que elevasse em mais 10% o percentual de limite para abertura de créditos suplementares sobre o orçamento de 2008. Se for aprovada neste ano, a lei será retroativa a 24 de novembro, quando a prefeitura decretou a situação de emergência.
Na terça-feira, num movimento coordenado por alguns vereadores da base do prefeito eleito, Neucimar Fraga, o plenário foi esvaziado para que o projeto não pudesse ser votado. A assessoria do prefeito eleito Neucimar Fraga foi procurada pela reportagem da CBN na manhã de ontem, mas não se manifestou sobre o assunto.
Fonte: Jornal AGazeta
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 01/01/2009 às: 08:58