Apesar da situação crítica da Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, que fica pior a cada chuva, os motoristas ainda são surpreendidos com novos buracos e dificuldades no trânsito na via diariamente. Ontem, a prefeitura interditou um trecho próximo ao cruzamento com a Rodovia Darly Santos, e orientou os motoristas a seguirem por uma rota alternativa.

Agentes de trânsito orientavam os motoristas de carros de passeio a seguirem pelo bairro Ataíde, até chegarem ao trevo de Capuaba, pela via conhecida como "estrada Velha". Ônibus e caminhões estavam sendo desviados para seguir pela contramão, pela própria Carlos Lindenberg, paralelo à área interditada.

O trecho interditado é de aproximadamente 20 metros, exatamente na área onde foi feito um preenchimento na pista com solo-brita - um pó usado para tapar buracos - depois das chuvas entre os meses de novembro e dezembro passados.

"Tivemos que desviar o trânsito para não permitir que a situação piore. Caso os veículos pesados passem por esse trecho da avenida como está, alagado, ficará muito mais difícil recuperar depois. Dessa forma, apenas os carros menores passam pela estrada velha, porque por lá não daria para absorver o trânsito de veículos pesados", disse o secretário de Transportes e Trânsito de Vila Velha, Oswaldo Maturano.

Segundo o secretário, caso a chuva continue, o desvio também será mantido hoje, e os motoristas serão orientados a seguir pelas vias alternativas.

Obras
As obras na avenida estão paradas, mas devem ser retomadas na próxima segunda-feira, caso pare de chover. O prefeito Neucimar Fraga disse que a retomada das obras deve ocorrer em ritmo mais acelerado.

A prefeitura pediu ao governo do Estado a liberação de R$ 18 milhões para recapear os principais corredores da cidade, mas ainda aguarda a resposta do governo.

Faxina em Vila Velha será iniciada hoje
Trinta caminhões e dez pás-carregadeiras serão usadas a partir de hoje, num mutirão de limpeza que começará pelas ruas do Centro de Vila Velha. A prefeitura também mantém, desde ontem, uma estrutura de amparo para possíveis desabrigados da cidade na Escola João Calmon, no bairro Parque das Gaivotas. Na unidade de ensino, as equipes de trabalho contarão com recursos para remover famílias que precisarem sair de casa por conta dos alagamentos. A estrutura está preparada para atender a 500 desabrigados, segundo informações repassadas pelo secretário de Defesa Social, Ledir Porto.

"Tivemos que desviar o trânsito para não deixar que a situação piore e fique mais difícil recuperar o asfalto depois"
Oswaldo Maturano , secretário de Transportes e Trânsito de Vila Velha

Município mantém estrutura para desabrigados
A Prefeitura de Vila Velha mantém, desde ontem, uma estrutura de amparo para possíveis desabrigados na Escola João Calmon, em Parque das Gaivotas. Na escola, as equipes de trabalho contarão com recursos para remover famílias que precisarem sair de casa por conta dos alagamentos. A estrutura está preparada para atender a 500 desabrigados, segundo o secretário de Defesa Social, Ledir Porto.

A providência foi anunciada pelo prefeito Neucimar Fraga, ontem, que informou que o nível do Rio Jucu está mais alto do que o do canal de Guaranhuns, fazendo com que a água dessa região fique represada, provocando os alagamentos de ruas e de algumas casas. Entre os bairros mais afetados da cidade estão Pontal das Garças, Darly Santos, Guaranhuns, Jardim Guaranhuns e Araçás.

A prefeitura vai construir um plano de redução de risco, para apontar as áreas problemáticas e as possíveis soluções. Entre as medidas, será estudada a retirada de aproximadamente 800 famílias das áreas de Pontal das Garças e Darly Santos, que podem ser realizadas com recursos de R$ 9,6 milhões do governo federal que o governo do Estado deve repassar à Vila Velha, por conta dos estragos provocados pelas enchentes do final do ano passado. Os recursos ainda não foram liberados pelo Ministério da Integração Nacional.

Fonte: Jornal AGazeta