Para garantir mais segurança durante o verão nas praias de Vila Velha, a prefeitura vai instalar 14 câmeras de videoe fazer uso de diversos equipamentos para o monitoramento em terra e no mar. Até mesmo um parapente será utilizado para sobrevoar a orla e verificar situações de perigo. Uma equipe de pelo menos 200 agentes da prefeitura irão atuar até o fim do verão.
As câmeras farão a cobertura da orla no trecho que compreende a Praia da Costa até Coqueiral de Itaparica. Os aparelhos têm mobilidade para um giro de 360 graus e podem flagrar as ações de forma contínua.
"O videomonitoramento potencializa, maximiza e multiplica os recursos humanos no que diz respeito a prevenção e o resultado já foi testado. Testamos em Jacaraípe, na Serra, local onde o litoral era o mais violento do Estado e, a partir dessa articulação, passou a ser o local mais seguro por dois anos consecutivos", destacou o secretário municipal de Defesa Social Ledir Porto.
A central de monitoramento funcionará no chamado Centro Integrado de Defesa Social, uma estrutura que será instalada no final da Rua Jair de Andrade, nas areias de Itapoã. Serão construídas cerca de dez stands voltados para o Juizado da Infância e Juventude de Vila Velha, Abordagem de Rua e Conselho Tutelar, Pronto-Atendimento de Saúde, Defesa Civil, Operações e Fiscalização de Trânsito, Disque-Silêncio, Fiscalização de Postura, além do apoio da Polícia Militar e da Marinha.
Policiamento e guarda-vidas
Os guarda-vidas, no total de 92, ocuparão postos de observação estratégicos nos 35 km de orla, que compreende as praias de Ponta da Fruta, Barra do Jucu, Coqueiral de Itaparica, Praia da Costa e lagoa de Interlagos. Também haverá reforço policial com 150 agentes da Polícia Militar. Os policiais vão ficar atentos a atitudes suspeitas e também vão agir preventivamente para evitar crimes nas ruas adjacentes às praias.
A fiscalização em alto-mar também será monitorada com o reforço de um jet ski ,uma lancha e quatro caiaques. Além disso, também haverá oito bicicletas, dois skates motorizados e quatro quadriciclos, que farão policiamento nas areias. Até mesmo um parapente ficará responsável por sobrevoar a orla e comunicar qualquer situação de perigo às autoridades competentes. O investimento total para a segurança durante o Plano Verão chega a R$ 400 mil, segundo Ledir Porto.
"Nós potencializamos todos os funcionários com treinamento e eles podem de forma inteligente se comunicarem entre eles por meio de radiocomunicadores. Todos vão agir respeitando o limite do outro. Por exemplo, o guarda -vida vai fazer seu trabalho, mas se ele vir na areia da praia um grupo que poderá cometer um crime, fazer um arrastão, ele irá de imediato acionar a polícia", explicou.
Para por em prática as ações integradas entre as diversas equipes, os funcionários da prefeitura e de instituições parceiras participaram de um curso de qualificação para atuar neste verão, realizado no Auditório Doutor Renato Viana de Aguiar (Titanic), na Praça Duque de Caxias, nesta segunda e terça-feiras.
Participaram do evento fiscais, guarda-vidas, agentes de trânsito, de meio ambiente, da vigilância sanitária, de postura, integrantes do Conselho Tutelar e de abordagem de rua. No dia de encerramento do curso, o tema principal foi - abordagem policial - e a palestra foi ministrada pelo tenente da Polícia Militar Ricardo Pinheiro.
Segundo o tenente, em muitas ocasiões a polícia é interrompida no trabalho de vigilância para atender ocorrências que não dizem respeito ao trabalho da PM. No intuito de agilizar as ações das equipes durante o Plano Verão, algumas orientações foram repassadas para os agentes da prefeitura.
"Ocorre pela desinformação. Às vezes a própria população chama de forma equivocada a polícia. Por exemplo, hoje ainda, por costume, as pessoas ainda chamam a PM para socorros médicos, mas não há estrutura, isso é competência do 192. É importante esse curso porque a polícia necessita muito dessa integração. Ela não trabalha sozinha e precisa de apoio efetivo da prefeitura, que está na postura, correção de determinadas situações que a polícia não age", explicou o policial.
A agente de saúde Adriana Melo, 32 anos, participou do curso de qualificação. Segundo ela, o trabalho fica mais ágil e rápido a partir do momento que as equipes interagem e passam a conhecer a realidade de cada setor. "É muito importante essa qualificação para sabermos agir em certas situações e abordar as pessoas. O trabalho de equipe também é necessário para agirmos de forma mais rápida. Cada verão que passa temos que melhorar mais e vamos trabalhar muito", garantiu.
Fonte: GazetaOnline
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 14/01/2009 às: 05:19
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