Uma sociedade sustentável precisa de cidadãos mais conscientes e responsáveis. Por meio do esporte é possível preparar crianças e jovens a assumir esse compromisso com a sustentabilidade. Esse é o trabalho que vem sendo realizado há três anos pela Escola Ambiental de Bodyboarding, na orla da Praia de Itaparica, em Vila Velha.
As aulas são gratuitas e acontecem todas as manhãs de sábado, iniciando sempre com alguma atividade de educação ambiental, como mutirões de limpeza e abordagem a banhistas. O acadêmico de Engenharia Ambiental e bodyboarder Rino de Souza, foi quem desenvolveu o projeto, e contou com o apoio dos outros esportistas profissionais Lucas Nogueira e Anderson Souza. Neste sábado (24) a turma estava toda reunida no final da orla de Itaparica, ao lado Colônia de Pesca Z2,
"A gente trabalha a educação ambiental desde a geração do resíduo, lá na rua, e como ele chega na praia; a segregação e tempo de degradação, também quais maneiras podemos fazer para evitar que isso ocorra de maneira irregular. Também fazemos a recuperação de área degradada, da vegetação de restinga da Praia de Itaparica. Os alunos aprendem como se desenvolve a vegetação e depois recuperam por meio do plantio, entendendo melhor como o ecossistema funcion"", explicou Rino.
Mais de 50 crianças e adolescentes frequentam as aulas. Grande parte dos alunos são moradores de Itaparica, mas muitos são Casa Lar Walter Barcellos, uma instituição não governamental com sede em Itapoã. A escola também doa alimentos para a instituição, que são arrecadados junto as famílias dos alunos, na forma de uma mensalidade. Por mês, cada aluno doa 5 kg de alimentos não perecíveis.
"Qualquer criança ou jovem, além dos alunos da Casa Lar, pode fazer a aula. Na aula de Educação Ambiental e de alongamento e preparo físico, todos fazem juntos, independente da faixa etária. No esporte, os jovens são divididos em grupos: iniciante, intermediário e avançado", afirmou.
A estudante Pamela Cosme, 15 anos, foi uma das primeiras alunas da escola. "Eu vi a escola crescer. Não é só o esporte, também aprendemos com o lado ambiental, como não jogar lixo no chão. Não só a manobrar e pegar onda, mas criamos amigos e somos uma família", disse.
A escola conta com oito voluntários, uma secretária e uma assistente social. O aluno que não tiver condições de comprar os materiais, a escola disponibiliza hoje 17 pranchas e 5 pares de nadadeiras. Os equipamentos foram comprados por meio das doações do comércio local, mas a maior parte do dinheiro sai do bolso dos próprios instrutores.
Fonte: GazetaOnline
Enviado Por:
Eliaro
Publicado em 26/01/2009 às: 0-2:37