Muito trabalho à vista para livrar Vila Velha do perigo da dengue. A nova coordenação do Programa de Combate à Dengue do município assume as ações com muitos planos e fôlego novo. Capacitações, novos equipamentos e metodologias mais eficientes vão garantir qualidade na saúde de todos os vilavelhenses.

Os resultados alcançados em 2008 ficaram abaixo dos orientados pelo Ministério da Saúde, como os números de ciclos bimestrais de visita dos agentes de saúde às residências: dos seis ideais, menos da metade das visitas foram realizadas. "Vila Velha deveria ter feito 1,2 milhão de visitas ano passado e só fez 400 mil. Além disso, somos um dos primeiros do Estado em notificações, com 4.278 no ano passado. É preciso mudar a estratégia, e nós temos muitos planos para reverter esse cenário negativo", afirma Max Coelho, coordenador do Programa de Combate à Dengue.

Para isso, a equipe vai se munir de informações antes de colocar em prática todas as idéias. Até o dia 29 de janeiro será realizado o Levantamento de Índice Rápido de Infestação (LIRAa), para se ter uma noção de quais são os bairros mais afetados e o perfil de cada lugar.

Mãos à obra. A partir dos dados atualizados com o LIRAa, o controle vetor será feito de maneira mais intensificada, contando com o trabalho dos carros fumacê, as visitas domiciliares (o tratamento focal) e em pontos estratégicos (como terrenos baldios, chamadas de tratamento perifocal), além das ações educativas.

"A principal mudança que vamos fazer é no nosso pensamento. Não trabalhamos para a população, mas sim, com ela. Não adianta realizarmos muitas atividades se a comunidade não cuida dos pequenos focos dentro de casa, como plásticos e tampas. Um filete de água em um reservatório mínimo já é o suficiente para ser foco", conta o coordenador.

Apesar da quantidade de trabalho e dificuldades à frente, Max está otimista. "O ano de 2010 já será muito diferente deste e de 2008. Vamos usar todas as possibilidades para melhorar a situação em Vila Velha", promete.

Saiba o que está sendo planejado para 2009 no Combate à Dengue:

- Mais treinamentos: os 236 agentes de saúde envolvidos com a dengue já estão se programando para receber capacitações de reciclagem nos próximos meses, com objetivo de melhorar o atendimento, aumentar a eficácia das visitas e promover uma aproximação dos agentes com os moradores de cada região.

- Novos equipamentos: os trabalhos de bloqueio de transmissão serão intensificados e receberão reforços de material, com doação de novas bombas pelo Ministério da Saúde.

- Atividades educativas: serão realizados, de tempos em tempos, mutirões em diversos bairros para recolhimento de materiais que possam ser foco de dengue (como pneus, plásticos e garrafas); ações educativas com a comunidade e escolas; além de palestras e visitas a construções civis, que abrigam grande perigo de acúmulo de água parada em entulhos e materiais das obras.

- Vila Velha Verão 2009: em parceria com as atividades do Centro Integrado de Defesa Social, cerca de dez agentes percorrerão a orla, identificados com camisetas e bonés, para distribuir panfletos e informações sobre a dengue para banhistas e turistas. Além disso, peruinhas tocando jingles sobre a doença também estarão presentes, espalhando a conscientização em ritmos como samba, pagode, rock e até hip hop.

- Mais organização: Vila Velha é divida em três regiões para os trabalhos de visita dos agentes. Este ano, a idéia é aumentar para quatro regiões, organizadas de acordo com o perfil dos bairros. Cada região abrangerá cerca de 50 mil domicílios.

Fonte: ESHoje