Os estudos que indicarão a melhor forma de reativar o Aquaviário de Vitória ficam prontos nos próximos quatro meses. Sem falar em prazos para início da execução do projeto, o vice-governador e secretário de transportes Ricardo Ferraço reforçou que a decisão política já está tomada e mesmo que o projeto seja economicamente inviável, será colocada em prática.

"A nossa preocupação é de que em 2018 um milhão de veículos estarão circulando pela Grande Vitória. E não teremos tempo de reformar o sistema viário no mesmo ritmo do crescimento econômico do Estado. Então é preciso pensar em alternativas que venham para somar e complementar o sistema de transporte. O nosso foco é o transporte coletivo e melhorar o que já existe".

A razão para tanta preocupação com o transporte coletivo é que, segundo o secretário, estudos indicaram que os veículos de passeio ocupam 80% do espaço viário da Região Metropolitana e só transportam 20% das pessoas. Com o transporte coletivo, os índices são invertidos: eles ocupam 20% de espaço e transportam 80% dos moradores da Grande Vitória.

O projeto, segundo o vice-governador, é viável também quando se pensa em meio ambiente, já que muitos veículos devem ser retirados das vias com o uso das lanchas para travessia. Em cada um dos pontos do aquaviário haverá um bicicletário, para que as pessoas evitem usar os veículos de passeio.

O estudo é realizado por uma empresa de Santa Catarina, escolhida pela experiência e pelo baixo custo, segundo Ferraço. Serão apreentadas as embarcações a serem utilizadas, as rotas, o custo de implantação do projeto e a viabilidade econômica.

O Governo Estadual estuda usar barcos de 30, 60 ou de 120 lugares. "Entendemos que retomar o aquaviário é mais simples do que construir uma nova ligação Vitória-Vila Velha. Ele vai absorver a demanda excedente. Não vai substituir, mas vai permitir que quem optar pelo ônibus viaje com mais conforto porque parte estará usando o aquaviário por exemplo".

Nos próximos quatro meses, a empresa irá entregar o estudo pronto. De posso do documento, o estado vai começar a avaliar a necessidade de recursos a serem disponibilizados. A expectativa é de que o Governo Federal participe com 80% do que deverá ser gasto.

Segundo Ricardo Ferraço, as rotas do aquaviário ainda não estão definidas, mas algumas idéias já foram apresentadas (as rotas são representadas pela linha vermelha)

Fonte: GazetaOnline

Ligação Cariacica-Vitória